O curso de extensão Neurociência Aplicada a Educação é ofertado pelo Departamento de Ciências Morfológicas e pelo Núcleo de Educação a Distância da UEM e teve mais de mil inscritos de várias regiões do Brasil. Voltado para um público interessado em aprender mais sobre o funcionamento do cérebro, principalmente na área pedagógica, é um dos únicos no país oferecido na modalidade EaD com um custo acessível. Segundo a Prof. Dra. Larissa Renata Bianchi, que é a responsável pelo curso, a neurociência é o assunto do momento, por isso a necessidade de estudá-la. "O objetivo é entender e compreender o cérebro diante do processo de aprendizagem", ela ainda complementou que devido o grande número de participantes, a intenção é abordar o assunto com uma linguagem acessível a todos.
Os módulos foram divididos em tópicos que apresentam ferramentas que interferem na neuroaprendizagem, demonstrando o que é e como funciona o cérebro, dando ênfase às partes que formam o todo desse importante órgão do ser humano. A professora Larissa destacou a Plasticidade Cerebral (ou Plasticidade Neural), que é a capacidade de moldar o cérebro de acordo com as experiências vividas. Mudar costumes, por exemplo, modificam as conexões cerebrais.
A pesquisadora faz parte da Sociedade Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira do Sono, e este último é um dos aspectos, que segundo a professora, interferem no desenvolvimento do cérebro. Assim como a alimentação, ela explicou que existem alimentos adequados e que estimulam o órgão, como por exemplo os fermentados, as gorduras boas e a glicose. A professora deixou claro que dietas com grandes restrições dificultam a aprendizagem, principalmente se tratando em período escolar.
Durante o curso, alguns mitos também serão quebrados. Segundo a professora Larissa, usamos o cérebro todo o tempo todo, diferente do que já foi divulgado no passado com a informação de que utilizamos apenas 10% da capacidade cerebral.
Todas as informações são baseadas nas pesquisas da professora Larissa Bianchi, que explicou que a neurociência não tem uma técnica pronta, para ela o importante desse curso é abrir o horizonte para o conhecimento do próprio cérebro, destacando os avanços tecnológicos dos últimos 20 anos, o que é comprovado pela ciência e o que é mais adequado para o desenvolvimento neurológico.
A neurociência vem sendo utilizada na saúde, na gestão de pessoas e para a educação. A professora afirmou que a família e a escola têm muita responsabilidade no momento de aprendizagem. "Só tem ganho quando o ambiente escolar estuda e compreende a neurociência, já que a fase mais importante do desenvolvimento cerebral ocorre no período em que a pessoa está dentro do ambiente escolar", finalizou a pesquisadora.
As aulas já foram gravadas e o primeiro módulo será liberado na próxima quarta-feira, dia 12 de setembro.
Divisão de Tecnologias da Informação (NEAD)
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