OBJETIVOS

A piscicultura é considerada hoje, no Brasil e em vários países do mundo, uma importante atividade econômica, pois além de constituir-se em importante fonte de renda, oferece grande contribuição ao processo de fixação do homem no campo. Essa atividade gera número significativo de empregos e é responsável por um produto de excelente valor nutritivo para a saúde humana. Os peixes são considerados indispensáveis para uma boa saúde, pois se constituem em excelente fonte proteica, além de serem ricos em vitaminas, principalmente A, B1, B2, B6, C, D e E. Aliado a isso, possuem elementos minerais vitais como o sódio, ferro, cobre e zinco. Em algumas espécies de peixes encontram-se grande quantidade de ômega 3, ácido que ajuda a reduzir as taxas de colesterol, diminuindo a incidência de doenças cardiovasculares, atuando na regeneração de células nervosas, no combate à depressão e distúrbios do sono. Podem ainda diminuir o risco de desenvolvimento do Mal de Alzheimer, demência e cansaço mental, além de armazenar gorduras insaturadas (aquelas que melhoram o “colesterol bom" e reduzem o "colesterol ruim"). Entretanto o estoque de pescado natural do Brasil, principalmente aqueles oriundos de águas continentais ou de interior, encontra-se em forte depleção, reduzindo substancialmente a disponibilidade desses organismos advindos da pesca extrativista. Isso acontece em função de ações antrópicas desastrosas que vêm acontecendo ao longo do tempo, em especial nos corpos d’água, repercutindo negativamente na produção do pescado.

Para minimizar o impacto negativo na produção desses organismos de maneira natural, cada vez mais se utiliza de projetos de cultivo de pescado. É comum se encontrar propriedades agrícolas produzindo grandes volumes de peixes de maneira cada vez mais intensiva e com resultados econômicos bastante satisfatórios.

Entretanto, o sucesso da piscicultura está relacionado diretamente à possibilidade de se cultivar o maior estoque de pescado no menor volume de água disponível. Isso ocasiona de imediato alguns problemas muito sérios e que precisam ser equacionados de maneira adequada, sob pena de provocar perdas substantivas na produção do pescado, bem como promover agressões irreparáveis ao meio ambiente. Um dos efeitos mais comuns nos confinamentos de pescado é o aparecimento de doenças que, se não identificadas precocemente, podem inviabilizar a atividade. Outro aspecto importante a ser considerado é que toda atividade de cultivo em corpos d’água, se não for planejada adequadamente, pode contaminar o ambiente, gerando reflexos negativos na produção desse pescado e na própria saúde humana. Portanto o grande desafio dos piscicultores é produzir a maior quantidade de pescado no menor volume de água disponível. Isso só é possível quando se consegue equacionar devidamente os problemas provocados pelo aparecimento das patologias e aqueles que podem comprometer a qualidade de água, através da contaminação dos corpos d’água e dos lençóis freáticos pelos rejeitos que são produzidos nesse tipo de cultivo. Outro fator importante a se considerar quando se refere à criação de organismos aquáticos é a preocupação que se deve ter com a qualidade do produto que irá ser comercializado, visando a oferta de um alimento de boa qualidade e com as condições mínimas de higiene, assim como a sua produção otimizada.

A Universidade Estadual de Maringá tem se destacado intensamente nos últimos tempos no que se refere ao estudo dos vários aspectos ligados à piscicultura. Isso é motivado pelos vários departamentos e/ou núcleos que desenvolvem atividades de pesquisa e pós-graduação sobre esse assunto. Podem ser destacados, entre outros, o Nupélia (Nucleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura), os Programas de Pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Produção Animal, Biologia Comparada e Ciências da Saúde. Além disso, o Departamento de Zootecnia é responsável pela Estação de Piscicultura de Floriano (CODAPAR). A ABRAPOA (Associação Brasileira de Patologistas de Organismos) está sendo dirigida por docentes de nossa Instituição, possuindo o endereço atual na UEM.

Todas estas atividades mencionadas produzem um grande volume de informações sobre aquicultura, capacitando a Universidade Estadual de Maringá a oferecer de maneira competente esse curso de Especialização em Piscicultura: Sanidade e Desenvolvimento Sustentável. Sem dúvida o curso deverá contribuir sobremaneira para o desenvolvimento e consolidação da piscicultura em nosso país, qualificando profissionais em condições de replicar os conhecimentos aqui obtidos. Os professores envolvidos no curso são todos doutores, além de renomados pesquisadores em suas respectivas áreas. Muitos são credenciados em vários programas de pós-graduação de diferentes universidades brasileiras e bolsistas de produtividade científica do CNPq.

A Educação a Distância é uma ferramenta didático-pedagógica moderna e que permite a especialização de um maior número de pessoas ao mesmo tempo, sem necessidade de deslocamento da residência, e por consequência com um investimento financeiro menor. A UEM adquiriu grande experiência na utilização da modalidade Educação a Distancia em função do grande número de cursos já oferecidos, todos exitosos, graças à excelência dos recursos do NEAD (Núcleo de Educação à Distância) da UEM, aliados à experiência que sua equipe acumulou durante todos esses anos.



OBJETIVO GERAL

O curso proposto tem como objetivo principal a capacitação e aprimoramento de profissionais da área da piscicultura nos vários aspectos ligados à atividade, em especial os de sanidade, desenvolvimento sustentável e controle de qualidade do pescado.



OBJETIVOS ESPECIFICOS

Proporcionar estudos avançados sobre a importância da piscicultura como atividade de produção de peixes para o consumo humano, aliado à geração de emprego e renda, permitindo maior desenvolvimento do país. Contribuir para a formação e qualificação de recursos humanos que permitam uma melhor compreensão dos fenômenos físicos, químicos e biológicos que interferem no processo de cultivo dos organismos aquáticos. Capacitar profissionais habilitados a implementar medidas preventivas com o objetivo de minimizar os impactos negativos produzidos pela aquicultura no meio ambiente.